sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Câncer de Laringe e a Fonoaudiologia

A FONOAUDIOLOGIA E O CÂNCER DE LARINGE


A principal dificuldade entre pessoas portadoras de câncer de laringe submetidas à laringectomia total ou parcial é a comunicação. Muitos ficam impossibilitados de utilizá-la ou apresentam grandes dificuldades. 


O câncer de laringe e suas graves consequências sobre a comunicação têm sido intensamente pesquisados, principalmente após o aparecimento da mídia do ex presidente da república Lula. O atendimento fonoaudiológico ao sujeito submetido a laringectomia total tem por objetivo prover um novo tipo de comunicação e favorecer sua inserção social ou seja, vai propiciar alternativas para a produção de uma nova voz, para que o sujeito participe ativamente das relações sociais. Já na laringectomia parcial seria auxiliar na reintrodução segura e gradativa da dieta, restabelecimento da via oral com manobras de proteção da via aéreas e reabilitar a fala. A parceria do trabalho multidisciplinar mostra-se uma alternativa muito interessante para qualquer sujeito com alterações da comunicação, de qualquer origem; no entanto, sua importância é relevante quando se trata de pacientes acometidos de laringectomias totais, que, em certa altura de suas vidas, se deparam com o desafio de assumir novamente a direção de sua vida e retomar suas relações interpessoais e profissionais. 


Técnicas mais utilizadas na reabilitação dos pacientes submetidos à laringectomia parcial e total: 

  •  A dígito oclusão, por meio da qual o ar expirado chega às pregas vocais, promovendo vibração e, consequentemente, sonorização; os traqueóstomos falantes, ou seja, cânulas providas de um balonete e um manguito adicional, por onde um fluxo de gás de 5 a 10 litros/minutos é injetado; as recentes válvulas fonatórias (VF) que são unidirecionais e permitem a entrada de ar na inspiração com uma pequena pressão inspiratória, em que, durante a fonação, há seu fechamento e direcionamento do ar para a laringe, entre outras. 

  •  A prótese vocal, laringe eletrônica e voz esofágica também são utilizadas. Na fala esofágica, “o cliente precisa comprimir o ar dentro do esôfago e expulsá-lo, estabelecendo uma vibração do segmento faringoesofágico. 

É importante referir que a orientação realizada no pré operatório com relação aos danos que terá na sua comunicação e as possibilidades de reabilitação, ajudam ao paciente no pós operatório a encontrar, juntos ao fonoaudiólogo, a técnica que melhor se adapta às sua condições. 

Concluiu-se que a comunicação verbal é um instrumento indispensável sem o qual é impossível ter uma vida de qualidade. Pois a comunicação é a base do relacionamento humano, é um processo importante, capaz de influenciar o comportamento dos indivíduos.



Por Fga. Valência Marinho (valenciamarinho@hotmail.com) para o VivaFono.

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