sábado, 26 de setembro de 2009

Um Novo olhar na Escrita


OoOláá pessoal do blog!!!

Hoje vamos falar sobre sobre uma nova visão na escrita, na fonoaudiologia é comum avaliarmos a linguagem escrita à procura de erros e trocas, e muitas vezes a utilizamos apenas com essa finalidade, no entanto a escrita é capaz de revelar muito além do que erros e trocas.
Recentemente lendo um capitulo do livro Fonoaudiologia e Psicanálise de Maria Claudia Cunha," As Duas Orelhas do Fonoaudiologo", me chamou atenção uma questão, onde ela coloca que numa sessão terapêutica é necessário ouvir muito mais que os sintomas na fala mas também escutar seus conteúdos latentes, ou seja, aquilo que não está aparente que não é manifestado exteriormente, abordando a relação entre linguagem e psiquismo, que atribui os sintomas manifestados na fala, um caráter simbólico. Essa forma de escuta, fazendo essa ligação entre a fonoaudiologia e a psicanálise, e trazendo isso para o tema que estou querendo abordar também é possível encontrar através da escrita muito mais que apenas "erros" e "falhas".
A escrita é capaz de transmitir pensamentos, experiências pessoais e sentimentos. Cientistas e escritores relatam que a escrita pode servir como um mecanismo de aliviar o stress trazendo benefícios fisiológicos. De acordo com a neurocientista Alice Flaherty, da Universidade de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, que estuda casos como a hipergrafia (desejo incontrolável de escrever) e também o bloqueio criativo, analisa modelos de doenças que explicam a motivação por trás dessa forma de comunicação. Por exemplo, as pessoas em estado de mania (pólo oposto á depressão, característico do transtorno bipolar) geralmnete falam demais."Acreditamos que algo no sistema límbico da cérebro fomente a necessidade de a pessoa se comunicar", explica Flaherty. (Trecho do artigo,"Quando o remédio é escrever", Jessica Wapner).
Bem estava estudando por aqui algo que vou apresentar na cadeira de
Psicopatologia e acabei desviando o meu foco, e foi possível encontrar alguns artigos de revistas online, e neles pude achar alguns psicanalistas ressaltando a importância da chamada codificação verbal de conteúdos armazenados de forma não-verbal, o que seria isso,de fato? seria a analise do símbolo (escrita) trazendo conteúdos verbais (aquilo que deveria aparecer na fala), onde o famoso Freud, a psicanálise viva, usa a expressão "A voz do ausente", para designar a escrita, outra hipótese que encontrei nessa viagem, é que a escrita "ensina" a mente a pensar de forma mais complexa e articulada. E que alguns psicólogos utilizam dessa estratégia para que o paciente relate no papel aquilo que sentem, na forma escrita, aquilo que não conseguem expressar na fala.
E dessa forma também podemos dar um novo olhar à escrita, que vá além dos erros, realizando assim uma analise subjetiva.(diria minha prof Claudia,kkkk)
Podendo enriquecer nossa anamnese, colhendo esses sintomas latentes, que muitas vezes não é possível encontra-los apenas através de uma avaliação com álbuns de figuras, jogos e protocolos, revelando assim que o ser humano não é uma maquina que segue um padrão de possíveis defeitos e com um manual estabelecido, onde posso conseguir o concerto de forma metódica.
Bom pessoal isso é o que eu tenho para hoje. Aqui no Blog você pode encontrar alguns sites que contem artigos e assuntos, que me deram inspiração para o assunto.E onde vocês podem encontrar também outras reportagens e artigos bem interessantes.

Abraços
Rebeka Lira Reis de Souza

1 comentários:

Dra. MONICA QUEIRÓZ disse...

Rebeka,amei o seu Blog.Maravilhoso! Sou fonoaudióloga formada pela UNESA-RJ.Sou apaixonada pela minha profissão.
Visite-me quando quiser.Meu Blog não é tão maravilhoso quanto o seu,pois não sei ainda organizar bem a página.
Um abraço,te aguardo.

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